quarta-feira, janeiro 19, 2011

Gralhas

            O meu texto publicado na semana passada no labor apareceu truncado. “Estranhos Casos” chamava-se e deve ter provocado ao leitor algum desconforto, ao verificar que o texto focava assuntos diversos, sem qualquer frase de ligação entre eles.

            Eu li o jornal pela edição on-line. Para mim, o texto estava tal e qual como eu o tinha idealizado e enviado para a redacção do jornal. Quando me disseram que o texto impresso não fazia sentido, por me abster de sequenciar os assuntos, tornando confuso ao leitor a apreciação do artigo, confundido fiquei. Acedi à edição disponível na internet e demonstrei ao meu interlocutor que cada assunto diferente era precedido de um número, totalizando 5, pois esses eram os casos que eu optei por referir.

            O lapso na edição impressa não me diz directamente respeito, apenas quero ressalvar a minha exposição dos vários temas, pois não pretendia deixar ninguém confuso. Para isso, já chegava o relatado.

            Até hoje, isto jamais me tinha acontecido. Já tive crónicas enviadas atempadamente, que não entraram na edição proposta e uma ou outra que foi publicada na edição on-line, não chegando a conhecer a impressão nessa mesma semana. Apesar disto tudo, o esforço pessoal - pela elaboração dos textos e colaboração no jornal - lá era reconhecido com a publicação na semana seguinte e outros artigos de opinião foram sempre surgindo.

            Erros acontecem.

            Eu próprio em tempos enviei textos com erros crassos e por isso me penalizei publicamente. O meu exercício de escrita surge a horas impróprias, tardias e por vezes com grande cansaço acumulado, que por si só, seria suficiente para desculpar os inadvertidos erros. Invariavelmente, atiro para as últimas horas, de preparação da edição, o envio do meu texto para publicação. Com o prazo apertado funciono melhor. Corro riscos de errar, sem ter tempo de emendar (ainda assim, por vezes, antes do fecho da edição, envio sms para a redacção, pedindo correcção em algum pormenor ou frase para evitar que o leitor receba textos com gralhas).

            Pelo historial relatado no parágrafo anterior, não deixo de ficar sujeito aos enganos dos outros. O que é lamentável. 

            Da minha parte, feito o reparo, justificada a estranheza do texto da semana passada, fica o conselho para os leitores não fazerem precipitados juízos de valor, quando não percebem o texto de alguém, que colabora com o jornal há mais de cinco anos.

            A seu tempo, tudo se esclarece.

 

(a publicar no dia 20/01/11)