quarta-feira, março 30, 2016

Fidelização de público

                Na curta série de artigos publicados, durante este mês de Março, sobre as práticas culturais dos habitantes da cidade, vou acrescentar na edição desta semana, a questão do público, consumidor de cultura.

                À melhoria das condições de realização de eventos, com a renovação das salas na última década, conseguiu-se um melhor conforto para os espetadores. A melhor oferta traduziu-se num aumento da organização de espetáculos implicando, por sua vez, a progressiva oferta com qualidade.

                Quem olha de fora para o cartaz cultural de S. João da Madeira, concebe uma ideia elitista de consumo de cultura. As exposições permanentes de arte contemporânea e de arte bruta na Oliva Creative Factory, mais o evento da Poesia à Mesa e mesmo o concurso para jovens pianistas “Florinda Santos”, ajudam a montar tal preconceito.

                Se analisarmos os eventos culturais produzidos na cidade, verificamos que não é bem assim.

                Tal como exposto no primeiro destes artigos, o Festival de Teatro, com os seus grupos escolares, atrai à plateia familiares dos jovens protagonistas, desejosos de assistir às suas performances. O mesmo acontecendo nos concertos organizados pela Academia de Música, como fica evidente pela divulgação efetuada pela sua Associação de Pais.

                Se é assim com estas artes, o mesmo acontece com outras em que os intervenientes são crianças ou jovens. Por exemplo, em demonstrações de dança ou de bailado. Ou mesmo, noutros escalões etários, nas atuações de grupos ou associações, uma grande parte da assistência é composta por familiares ou amigos dos artistas. Tal como sucede nas apresentações de obras de artistas individuais.

                Além desta componente, o cartaz urbano do “Party Sleep Repeat” confere outra dinâmica ao consumo de cultura na cidade.

                E a acrescentar a estes, temos as presenças nos dias da Poesia à Mesa e as visitas às exposições no espaço acima mencionado.

                Ponderando tudo, familiar, urbano e o dito elitista, empiricamente acredito que o maior número de público, de bilhete pago, está presente nas atuações dos jovens ou crianças da cidade.

                Perante tal facto, acredito que a melhor opção para fidelizar o público às plateias dos espaços culturais, é aumentar o número de atuações destes jovens. Lançar desafios de atuações, com temáticas diferenciadas, em eventos disseminados ao longo do calendário, sabendo-se que público estará sempre acautelado. Mesmo não sendo o espetáculo gratuito. Além de proporcionar uma maior envolvência comunitária, este tipo de eventos dão outra motivação aos intervenientes, podendo-os ajudar em questões de orientação escolar, por exemplo, permitindo-lhes enquadrar o mundo das artes de forma mais positiva.

                A superação desta fase cultural ajudará a programar outro tipo de eventos na cidade. A massa crítica será maior e pode-se então, partir para a programação de espetáculos autossustentáveis, ou procurar parceiros para promover esses mesmos eventos culturais, ou seja, só aí terá cabimento planear cultura para um público elitista.

Este texto finaliza a minha análise ao estado da cultura de S. João da Madeira. Na observação que fiz, fui-me abstraindo de entrevistas com actuantes e de recolha de dados. Fui deixando propostas nos vários textos: aproveitar a componente escolar no ensino de artes para fazer captação de talentos; fomentar o espírito associativo cultural na comunidade local; promover um evento anual de mostra dos trabalhos dos artistas locais, englobando grupos, incluindo os informais; lançar desafios de programação aos grupos, escolas, academias e outros artistas para envolvimento social da cultura; não esquecendo a aposta da autarquia (Câmara e Junta) na promoção de algumas artes, refletindo-se essa prática pela desinibição da população.

Espero ter sido claro, evidenciando as boas práticas locais. Inibi-me de criticar abertamente as propostas eleitorais de Janeiro passado, como criar companhias municipais de artes ou até ser capital de cultura. Pelo exposto, durante todo o mês de Março, penso que os leitores compreenderam como a realidade está distante das campanhas eleitorais.

               

Nota: Com mais pompa que os demais anos, o labor festeja o seu 28º aniversário. Os meus parabéns a todos: diretor, redação e demais colaboradores, não esquecendo aqueles que no passado contribuíram para o jornal alcançar esta longevidade.

 

(a publicar no dia 31/03/16)

quarta-feira, março 23, 2016

Produtores de arte

                Nas últimas três semanas salientei algumas das práticas culturais da cidade. Ao longo desses três artigos, comecei por focar a relação do Estado, através das Escolas e do ensino articulado, não esquecendo as atividades extracurriculares, como o teatro. Na semana seguinte, evidenciei como uma boa prática da Autarquia, a “Poesia à Mesa”, tinha sido bem assimilada pela população, que formou um grupo informal de declamadores de poemas. No texto da semana passada, debrucei-me sobre as associações e sua dedicação à promoção da cultura, quer como organizadores de eventos, quer como praticantes das mais variadas artes, ou mesmo, como formadores.

                Para esta semana reservei um outro tema, ainda cultural, sobre o produtor de arte. Onde se enquadra o produtor individual de arte, nestes conceitos coletivos (turmas, grupos e associações) existentes na cidade?

                Escritores, músicos, pintores, fotógrafos, escultores, poetas, ilustradores, cineastas, atores, bailarinas, desenhadores, entre outros, sem mencionar algum em particular, foram sendo referenciados ao longo dos anos pela imprensa local. Alguns fazem parte da comunidade local. Outros vivem fora da cidade, dedicando-se à arte como profissionais. Vários foram galardoados nas suas áreas de atuação. Um sinal de mérito na opção de uma forma de vida.

                A cidade em algumas áreas oferece formação: a preferência no secundário pela área de artes é possível na cidade; a Academia de Música ensina vários instrumentos, com uma componente teórica associada; o próprio Centro de Arte tem cursos para vários escalões etários, em áreas como pintura, fotografia, banda desenhada, desenho e serigrafia. Não esquecendo as aulas de dança nas Academias Liliana Leite e Luísa Mendonça, assim como, o ensino da Banda de Música de S. João da Madeira.

                Se aqueles que recorrem a estas instituições têm oportunidade de fazer apresentações ao público dos seus trabalhos, ou do seu desempenho enquanto instrumentista, o cenário é um pouco mais dificultado para os outros.

                É certo que sempre existiram espaços comerciais com vertente de galeria, exibindo nas suas paredes quadros com pinturas, desenhos, fotografias, tapeçarias ou azulejos de artistas locais ainda sem nome no mercado da arte. O mesmo acontecendo nas exibições de grupos musicais, que atuam por vezes em espaços comerciais de horário noturno.

                A Biblioteca Municipal neste capítulo tem sido sempre uma boa montra para os novatos artistas locais.

                Nos últimos anos, com a difusão da animação de rua, vários artistas passaram a dedicar-se às artes circenses. Obviamente, que a rua é o melhor local para a sua exibição. Espontâneo, ou organizado por associações, ou mesmo pela Autarquia vão surgindo episódios destas manifestações.

                A criatividade ganhou espaço próprio na cidade. A vertente empresarial ocupa um grande espaço na antiga Oliva. A exposição dos vários negócios foi uma preocupação bem conseguida, com a abertura das portas para divulgação ao grande público.

São estas sinergias que são importantes conciliar. Aproveitar a atividade das empresas criativas, da animação de rua, dos artistas individuais, dos grupos informais, dos alunos das várias instituições de formação e mesmo das escolas privadas e organizar um evento no espaço da Oliva Creative Factory. Aberto ao público, com o objetivo de exibir a capacidade artística dos nossos conterrâneos.

No fundo, não é nada de novo. É recuperar a ideia que esteve na génese do espetáculo “Raízes”, que infelizmente se perdeu. Conferindo-lhe na atualidade um grau de transversalidade às várias artes, como teve o evento organizado pela Associação Estamos Juntos, em 1989, intitulado “Adeus ao Verão”. 

Como prefiro o modelo deste último, nada melhor para finalizar, do que propor a adaptação dum evento desta natureza ao calendário de festejos da emancipação da concelhia.

Votos de boa Páscoa.

 

(a publicar no dia 24/03/16)

quarta-feira, março 16, 2016

Associações Culturais

                Um prémio é sempre um sinal de reconhecimento do trabalho efetuado. Ao ser premiado o Festival “Party Sleep Repeat”, a Associação Cultural Luís Lima foi recompensada pela audácia em promover eventos culturais. Para quem começou há pouco tempo, nada melhor do quer ser laureado, imprimindo um caráter motivacional importante para os próximos tempos.

                Esta Associação assimilou o investimento autárquico em equipamentos culturais. Com mais auditórios, de capacidades diversas, com melhores salas para acolher espetáculos de lotações distintas, S. João da Madeira dispõe de infraestruturas suficientes para albergar iniciativas culturais de média dimensão, ou seja, adequadas para a realidade geográfica em que está envolvida.

                Tendo-se formado a Associação Cultural Luís Lima nos tempos atuais, pode-se utilizar uma linguagem informática, para a intitular como uma associação 3.0, relacionando-a com a mais recente reabilitação do património cultural da Cidade. Seguindo o mesmo princípio, recuando mais de duas décadas, arrolando a criação do Centro de Arte e a ocupação da antiga escola primária da Quintã, para instalação da Academia de Música, permite ligar-se estes dados com a fundação da Associação Cultural Alão de Morais e ainda com o Coro de Câmara de S. João da Madeira.

Para trás, no período de início da democracia, a grande época de incremento do associativismo, com génese cultural, desportivo e recreativo, envolvendo as três componentes no objetivo de cada associação, também a cidade viu nascer alguns clubes do género. Utilizavam-se os poucos espaços municipais disponíveis, como o Auditório construído na antiga Escola Industrial ou mesmo o antigo e devoluto hospital. Desse período, como associação exclusivamente cultural, ficou para a posterioridade a Tuna dos Voluntários. Abro aqui um parêntesis, para fazer uma referência ao Rancho Regional Laborânea, presumindo ter sido fundado nesta época, no entanto, não consigo precisar. De qualquer forma, apesar da alusão, julgo não estar enganado quanto à inatividade do referido Rancho. 

É importante ainda referir a Banda de Música de S. João da Madeira, anterior à fundação do concelho, o que prova o interesse da população por questões culturais, ao longo dos demais anos. Hoje com instalações novas, esta Banda foi sinónimo de aproximação da população à música, quando a oferta era reduzida e mesmo quando esta aumentou, a Banda de Música continuou a ensinar jovens e a permitir que tivessem contacto com as Orquestras Filarmónicas.

Neste espectro, convém referir algumas associações que difundem atividades culturais, quer com ensino e prática de dança, quer com a promoção de eventos, embora na sua atividade sejam igualmente desportivas, ou mesmo, instituições de solidariedade social. Não querendo ser exaustivo, fica a referência a grupos informais de teatro ainda ativos, a grupos musicais de vários géneros e ao clube de leitura da Biblioteca Municipal.

Feita a apresentação da participação em atividades culturais da população, empregada durante o dia, completando os interesses pelas artes em regime pós-laboral, observe-se com maior detalhe o Coro de Câmara de S. João da Madeira. Primeiro referindo a qualidade do trabalho efetuado nestas duas décadas, sempre elogiado por todos. Há, no entanto, outro aspeto que importa destacar. A afinidade dos elementos ao canto, pois além de serem membros do Coro, alguns são igualmente diretores. Esta especificidade, este associativismo pela arte, torna este coral como um exemplo a seguir pelas diversas manifestações artísticas existentes na cidade.

Julgo que seria a melhor opção para algumas das atividades culturais da cidade. O fomento do associativismo só poderia beneficiar a encenação do teatro, ou ajudar na criação de uma orquestra, ou a sustentar a poesia ao longo do ano, só para dar alguns exemplos. Com associações culturais específicas, suportadas nas atividades de captação de talentos, exercidas pelos grupos escolares de teatro, pelo ensino da Academia de Música, estaria assegurada a participação da população e claro, a sua vocação artística.

Não posso deixar de terminar, sem deixar um desafio, uma qualquer associação cultural de fomento de teatro em S. João da Madeira, deveria ter como referência o malogrado Doutor Josias Gil, que sempre procurou tanto como vereador, ou como professor, dinamizar o teatro amador na cidade.   

 

(a publicar no dia 17/03/2016)

quarta-feira, março 09, 2016

Inquietações poéticas

                Nos próximos quinze dias, a cidade respirará poesia.

                Como os demais anos, a Câmara Municipal promove uma nova edição da iniciativa “Poesia à mesa”. A programação continua a ser diversificada e este ano é um pouco mais ambiciosa.

Existe uma clara aposta da autarquia em Poesia, que não se limita à actividade programada para os próximos dias. O concurso literário “João da Silva Correia” é um bom exemplo dessa promoção.

É bom recordar que, durante anos, a Câmara Municipal de S. João da Madeira procurou investir no património. Identificados os edifícios com interesse municipal, houve dinheiro para a sua aquisição, reabilitação ou restauro e abertura ao público. Praticamente, ano após ano, sucederam-se os investimentos: ampliação da biblioteca municipal; transformação de edifícios a precisar de regeneração, finalizando-os, como os Paços da Cultura, o Museu da Chapelaria, a Casa da Criatividade e mais recentemente com a entrega à cidade da Oliva Creative Factory. Pelo meio, é importante não esquecer a reabilitação das instalações da Academia de Música. Nem, muito menos, as novas instalações da Banda de Música no espaço onde em tempos funcionou o Auditório Municipal. Nesta enumeração, temos que incluir dois edifícios que apesar de restaurados, não conheceram o mesmo fim que os restantes. Refiro-me à Quinta do Rei da Farinha e ao Palacete dos Condes (este praticamente reconstruído), ambos desocupados desde há anos, estando a sua futura ocupação a ser finalmente planeada.

Este cuidar do património, exigente em termos financeiros, foi completado durante todos estes anos com os diversos apoios às associações e iniciativas culturais, algumas destas avulsas. Neste sentido, pela sua longevidade e singularidade, a “Poesia à Mesa” ganhou o seu espaço. Primeiro por ser uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal, quando o normal é haver um proponente e a autarquia subsidiar. Segundo pela sua afirmação no calendário municipal de eventos. Finalmente, por este evento ter sido assimilado pela população.

A compreensão dos habitantes da cidade não se limita à participação no programa, quer como assistentes, ou pendurando poemas, ou declamando os seus trabalhos. Existe mais actividade, que extravasa a “Poesia à mesa”.

Logo no início do texto, terceiro parágrafo, referi o Concurso Literário João da Silva Correia. Como é do conhecimento geral, nos últimos anos, este concurso inicialmente previsto para trabalhos de prosa e poesia, apenas tem premiado poemas. Essencialmente pelo número de trabalhos apresentados nas primeiras edições do Concurso. Este sinal de vitalidade da população, ainda hoje se mantém e teve uma maior visibilidade com as informais tertúlias de poesia. As “Fugas poéticas”, idealizadas e concebidas por um grupo de cidadãos, tem sessões regulares ao longo de todo o ano. Curiosamente, em diversos locais da cidade. Chegando a haver por parte de estabelecimentos comerciais o expressar de vontade em albergar as ditas “Fugas”, o que traduz a capacidade da poesia em ser cartaz cultural e ter público para a ouvir.

A expressão artística fica registada, para a posteridade, nas publicações nas páginas dos jornais locais de poemas avulsos de diversos autores. É igualmente importante referir a edição de poemas compilados em livros, que alguns poetas ousam propor aos restantes cidadãos. 

Se houvesse dúvidas sobre o efeito da iniciativa “Poesia à mesa”, por parte da Câmara Municipal, o facto de ter despontado toda esta energia na população (e sua desinibição) é um sinal de uma política cultural bem conseguida.

 

(a publicar no dia 10/03/16)

quarta-feira, março 02, 2016

Manifestações Urbanas

                O arranque da X edição do Festival de Teatro de S. João da Madeira está previsto para o próximo dia 8 de Abril.

Ao longo dos últimos anos, este festival tem recebido várias e justificadas apreciações positivas.

Recompilando alguns desses elogios:

a)      Destaque para a programação, pela mistura dos grupos escolares com grupos amadores locais e dos concelhos vizinhos, acrescentando-se grupos profissionais de âmbito nacional;

b)      Enaltecer a iniciativa da organização, da Escola Secundária Dr. Serafim Leite e pela liderança do processo consecutivamente desde a primeira edição;

c)       O interesse em inovar em cada edição, envolvendo novos parceiros e aproveitando os recursos físicos da cidade;

d)      A metamorfose operada nos elementos dos grupos escolares e dos amadores, em especial, pelo surgimento de dramaturgos, encenadores, construtores de cenários e de guarda-roupa;

e)      A transfiguração no palco dos atores, com óbvia referência para os estudantes, sem desprestígio para os restantes escalões etários.

Este último ponto merece um maior desenvolvimento.

As artes cénicas desenvolvem competências como memória, capacidade de enfrentar plateias, oratória, dicção e expressão corporal, entre outras. Ver alunos, adolescentes a ter as primeiras experiências de representação dramática, de aptidão para a interpretação de personagens é congratulador. Nos palcos do Festival de Teatro verifica-se que a Escola é capaz de transmitir algo mais do que os conhecimentos existentes nos manuais escolares. Qualquer das competências atrás descritas são extremamente importantes no desempenho do jovem enquanto estudante e depois entrando no mundo profissional, ainda mais valorizadas serão.

Numa época em que começa a ser questionado o ensino para a nota, ou seja, reduzindo-se essencialmente à aferição por testes, a participação de alunos em atividades extracurriculares são um bom argumento para os defensores de outro modelo de avaliação. Neste capítulo, o Festival de Teatro e os grupos escolares demonstram assertivamente que existem outras formas de adquirir conhecimentos e competências.

A expressão artística dos jovens alunos de S. João da Madeira não se limita às atividades extracurriculares. É sobejamente conhecido o ensino articulado de música. Mais publicitado por os piores motivos: falta de verbas para pagamento aos professores, atraso nesses pagamentos e mesmo, no inicio do presente ano letivo, redução do número de turmas a criar no ensino de música. Apesar destas dificuldades, os jovens vão progredindo os seus estudos e começam a surgir atuações diferenciadas. O calendário de apresentações ao público vai sendo incrementado, sob a égide da Academia de Música de S. João da Madeira, agendando-se mais espetáculos, como o organizado na semana passada na Casa da Criatividade.     

No contexto do ensino articulado, um parágrafo final para a dança. S. João da Madeira é destino de muitas jovens dos concelhos vizinhos que optam por esta arte, inscrevendo-se na Escola EB 2/3. Esta forma de expressão, manifestada em cultura urbana, tem um enorme potencial de apresentação ao público, que em meu entender ainda não saiu dos muros da referida Escola. Há um potencial enorme, sem esquecer a centralidade, proporcionada pela opção de se estudar na adolescência na cidade, em promover a dança em espaços municipais para a divulgação ao público. Se quiserem ter uma ideia da dimensão destas manifestações urbanas, podem assistir no próximo sábado à noite, no Pavilhão das Travessas, ao Campeonato de Hip Hop e tirar as devidas ilações.     

 

(a publicar no dia 04/02/16)