A quatro dias das eleições autárquicas, não posso deixar de apreciar a capacidade de mobilização das mais variadas forças políticas, durante a campanha eleitoral.
As campanhas eleitorais estão mais ou menos padronizadas. Visitas aos aglomerados populacionais, com o intuito de falar com os moradores dos vários prédios, são hoje prática corrente. Do mesmo modo surgem as visitas às instituições e associações da cidade, assim como, a algumas repartições Estatais mais emblemáticas. Comum é também a visita a empresas, alguns autorizados a conhecer o interior e outros ficando à porta, distribuindo brindes, sorrisos e propaganda. Por fim, temos as arruadas, umas bandeiras, uma troca de palavra com os transeuntes, a entrada em algum comércio e a visita ao mercado municipal.
Tudo isto foi visto e revisto pelos demais eleitores.
A capacidade de mobilização varia entre cada força política.
Com o recurso às redes sociais, os candidatos vão divulgando fotos, procurando demonstrar o trabalho efetuado. Alguns espalham-se ao aparecerem praticamente sozinhos, em locais pouco movimentados, em dia de jornada laboral para a maioria dos trabalhadores. Para contrariar esta tendência, publicam várias fotos, de vários acontecimentos, retirando importância aos momentos menos felizes e procurando esconder a pouca mobilização extra partidária.
Existem as forças políticas que enchem espaços públicos recuperados da cidade, ou que promovem concertos gratuitos, ou que promovem convívios com fila para a merenda. Isto é demonstrativo do magnetismo dos candidatos e significa votos no dia das eleições.
Este é o cerne de uma campanha eleitoral.
Há indicadores curiosos: gestão do orçamento da campanha e apreciações globais positivas no facebook – neste campo, convém referir que por motivos exógenos, a campanha do CDS / PP, no dia 18 de Setembro, alcançou uma visibilidade nacional incomparável.
Voltando ao raciocínio, aqueles dados poderão acalentar alguma surpresa no resultado final das eleições, na disputa pelo segundo lugar, já que a lista independente, do movimento AD SJM Sempre, apresenta-se em qualquer dos dois indicadores mencionados, uns furos acima do principal adversário.
A acontecer, isto penalizará a incoerência política de alguns candidatos, pela não realização de um debate sério sobre a Praça, afastando a campanha do centro, optando por ações populistas maioritariamente nos bairros periféricos. A apresentação de soluções avulsas para a Praça, algumas após a divulgação do programa eleitoral, assemelha-se a atos desesperados ao jeito dos candidatos a presidentes de clubes de futebol.
No domingo, a contagem de votos será esclarecedora.
Será um serão com um ouvido em S. João da Madeira e outro em Setúbal, onde João Ribeiro concorre à autarquia local, com uma certeza, atendendo ao número de eleitores daquela cidade, será o conterrâneo a obter mais votos nas eleições de 2013.
(a publicar no dia 26/09/13)