1. Os dedos carregam nas teclas, decididos a formar palavras. No écran surgem frases, de linguagem simples e objectiva, sem grande valor literário. Temas diversos, títulos ousados, textos englobados nas páginas editadas pelo jornal. A escrita como acto social é preparada e executada na solidão. Pode não ser totalmente mas, os avanços, os recuos, os bloqueios ao longo da realização de um texto, mesmo a auto correcção, são momentos passados em isolamento, aguardando-se com a devida expectativa qual será a recepção.
A opinião, irregular e ocasionalmente. Um exercício de escrita a que me propus voluntariamente e sem encomenda, não colocando grande esperança na sua continuidade. Alguma aceitação e um forte incentivo caseiro, fizeram-me discorrer por vários assuntos, visando é certo algumas das opções estratégicas da política local. Ideias próprias expostas, que, por certo, coincidem e sintetizam a opinião de muitos outros.
Crónicas, cujo resultado físico - após a sua primeira leitura - atinge um novo estatuto, reutilizando-se como rascunho para novos textos, apontamentos futuros. As mais resistentes, nem sempre as mais antigas, por outro lado, são cortadas em rectângulos de papel, formando-se pequenos blocos, onde agora se escrevem os recados domésticos, pendurados no frigorífico. Palavras soltas, com as ideias partilhadas e expostas aos leitores.
Ao verificar que na última Ficha Técnica deste jornal, o meu nome surgia como colaborador, senti o peso da responsabilidade. Ao fim praticamente de um ano de escrita, com mais de duas dezenas textos de publicados, o Jornal Labor entendeu considerar-me seu colaborador. Um reconhecimento que muito prezo e que espero não defraudar.
Independentemente do tratamento futuro em termos de paginação, continuarei por estas páginas com a escrita conciliadora ou mordaz, conforme a circunstância. Por princípio, sem entrar em ofensas pessoais e distante das pequenas questões do quotidiano.
2. Cowpyright é o nome de uma das vacas concorrente ao Cowparade Lisboa 2006. Teve o seu momento de fama por ter sido roubada, no inicio da exposição ao público, no Campo Pequeno. Apesar dessa projecção a Cowpyright não tem obtido votos suficientes para se destacar da restante manada. No dia em que escrevi estas linhas, tinha apenas dois votos, sendo um meu.
O autor do projecto, o conterrâneo Paulo Marcelo, nem deve sonhar que estou a apelar ao voto na sua vaca. Parece-me a atitude mais sensata, num claro apoio ao trabalho deste multi-facetado artista local. Basta aceder ao site, via portal Sapo e enviar um SMS, com o código da Cowpyright (024), para o número 4040.
Mais do que esperar uma votação maciça, apelo a que no final, a vaca contabilize votos suficientes para deixar o artista contente com a sua participação.