quarta-feira, junho 25, 2008

Tatuagens

           A propósito da eliminação da selecção de futebol de Portugal no Euro 2008, repetiu-se até à exaustão na comunicação social a expressão “o futebol é um jogo de 11 contra 11, em que no final ganha a Alemanha”.

Esta frase poderia ter sido inventada por um português, tipo um jornalista a fazer a cobertura do campeonato, ou por um jogador ou mesmo um técnico, no final do jogo da passada semana, ou então, após o jogo do campeonato do Mundo de 2006, no qual os germânicos conquistaram o terceiro lugar. Porém, não foi.

O seu autor, Gary Lineker, avançado inglês que jogou pela selecção do seu país entre 1986 e 1992 teve que pronunciá-la, certamente, em desespero. Nesse período, em fases finais das principais competições de futebol, a Inglaterra - além de não ter feito nada de assinalável - jogou com a Alemanha apenas no Mundial de 1990. Nas meias-finais, em encontro entre ambas as selecções, a Inglaterra perdeu, no desempate por grandes penalidades, após o empate a uma bola no final do tempo suplementar, com o golo inglês a ser apontado precisamente pelo autor da frase transcrita anteriormente. Mais tarde em 1996, no campeonato da Europa, provavelmente com Gary Lineker como comentador desportivo, a Inglaterra voltou a perder com a Alemanha, precisamente nas meias-finais e novamente, por desempate por grandes penalidades. Nessas duas competições, os alemães ergueram o troféu. Aliás, os últimos conquistados.

As competições internacionais entre selecções criam por vezes a noção de equipas intransponíveis para alguns. As chamadas bestas negras. A Espanha esteve oitenta e oito anos sem vencer a Itália; mais recentemente Portugal ganhou sempre a Inglaterra e à Holanda, em contrapartida tem perdido com a França; outros exemplos existem e por vezes, fazem-se afirmações como a de Gary Lineker, contextualizada numa época mas, sem significado futuro.

Mal estaríamos se assim fosse.

Na época do avançado inglês, a Alemanha perdeu nos Campeonatos da Europa de 88 e 92 com a Holanda. Em 88, assisti ao jogo da meia-final inserido numa aposta entre clientes holandeses e um alemão, dono de um bar. A passagem à final valia um barril de cerveja. Com a derrota germânica, o bar ficou de torneira aberta, algumas horas. O acesso foi garantido a todas as nacionalidades e eu não me lembro de mais nada. Em 92, os holandeses voltaram a vencer a Alemanha, ainda na fase de grupos. Ainda assim, ambas passaram às meias-finais e para surpresa de muitos, a Holanda perdeu com a Dinamarca. O que afinal, não se pôde considerar de tanta estranheza pois a Dinamarca, com os golos de Larsen, derrotou a selecção alemã, Campeã Mundial em 90.

A incerteza quanto a favoritos, vencedores, continua a ser o maior interesse do Europeu. No dia em que escrevo não sei quem serão os finalistas da edição de 2008, tenho essa desvantagem relativamente aos leitores.  

Em matéria de participação da equipa nacional já tudo foi dito ao longo da última semana.

Se nos anos noventa os ingleses baquearam nas penalidades, os portugueses terminaram os jogos com a Alemanha, na década actual, olhando de lado para o seu guarda-redes, independentemente dos seus méritos enquanto jogador e profissional de futebol.

Para quem segue a participação das várias selecções nacionais desde o Euro de 1984, tudo o que aconteceu na Suíça não é novidade. Favoritismo, vedetismo, contratos milionários, estágios interrompidos, jogadores baixos, convocatórias controversas e erros defensivos não são de agora. Resumindo, a displicência nacional.

Nestes últimos vinte e quatro anos, as mudanças dos jogadores portugueses são mais de aspecto capilar. Em 1984, os bigodes eram a principal característica dos nossos seleccionados. Doze anos depois, sem o peculiar “pêlo na venta”, com excepção do seleccionador, a participação portuguesa reduziu-se ao risco ao meio efectuado por Poborsky a Vítor Baía. Passados quatros anos, a imagem felpuda de Abel Xavier foi o desalento da selecção. Em 2004, vencido o trauma da meia-final com um grande golo de Maniche, as particularidades capilares não se concentraram nos jogadores, mas sim, nos estádios construídos para o efeito, estando muitos deles ao fim de quatro anos, sem qualquer adesão de público, desde calvos a cabeludos.

Neste último Europeu, além do corte de cabelo de Cristiano Ronaldo, que devido aos milhões de euros que actualmente recebe passa incólume a qualquer tratamento depreciativo, os jogadores da selecção nacional evidenciaram-se pelas suas tatuagens.

Neste particular, os requisitos do próximo seleccionador nacional poderão passar pela presença destas marcas no corpo, para se poder promover a rápida aproximação entre o novo treinador e jogadores.

 

(a publicar dia 26/06/08)

quarta-feira, junho 18, 2008

Parques

            Nas últimas semanas, a Praça voltou a ser notícia nas páginas dos jornais locais. Praticamente um ano depois de finalizadas as obras, que repuseram o trânsito e estacionamento em algumas das artérias da zona pedonal, constata-se que pouco mudou no dia-a-dia do centro da cidade.

            Os empresários do comércio reclamam a pouca afluência de clientes aos seus estabelecimentos.

            Por seu lado, os frequentadores e moradores sentem que as alterações efectuadas, introduziram confusão e insegurança na circulação pelas ruas, desde que a total serventia de automóveis ficou assegurada.

            Neste panorama, é necessário não esquecer que no último ano surgiram na cidade dois novos pólos de atracção. Primeiro, com o novo centro comercial, com oferta de várias soluções comerciais, de restauração e de lazer. Tudo, com estacionamento grátis, em ambiente moderno e acolhedor. Em Maio, inaugurou-se o novo Parque Urbano, com áreas verdes apropriadas para o lazer ao ar livre. Estacionamento gratuito também não falta, junto às margens do Rio Ul.

            Estas ofertas dispersaram a população pela cidade.

            O problema é entendido pelos responsáveis municipais, pela forma como o apresentei aqui. Para atrair pessoas ao centro da cidade, a hipotética solução passa pela construção de um parque de estacionamento subterrâneo, em plena Praça Luís Ribeiro. Gratuito? Não. No seguimento da construção dos outros dois construídos em subsolo municipal, na Avenida Renato Araújo e na Rua João de Deus, deve-se dar seguimento à ideia inicial que previa precisamente três parques.

            As notícias de fracos resultados financeiros, da empresa que explora os referidos parques de estacionamento, poderiam inibir esta ideia antiga e incentivar a procura de outras soluções.

            É lógico que o futuro de privados, desde que garantam receitas imediatas para o município, não é um problema para alguns.

            É importante não esquecer a existência de estacionamento pago em parque na Praceta Júlio Dinis; a criação, nesta última intervenção, de estacionamento térreo, em várias ruas da zona pedonal; um outro estacionamento privado (Parque Central), precisamente na Avenida Renato Araújo, em piso subterrâneo do edifício construído nas traseiras do Parque América; para finalizar, correndo o risco de transmitir informação obsoleta ou absurda, recordo-me que precisamente neste último edifício, em plena Praça Luís Ribeiro, existe um parque de estacionamento – o seu estado, ocupação e disponibilidade, não sei precisar.

            Pelo atrás exposto, mesmo com a ressalva pelo exagero nas soluções descritas, verifica-se que existem em bom número lugares de estacionamento. Com um pouco de pesquisa, pode-se calcular o número de lugares disponíveis. Confrontando a taxa de ocupação dos parques actuais com a real necessidade de lugares de estacionamento na zona pedonal, pode-se colocar a seguinte questão: qual a necessidade de massacrar os comerciantes, os seus clientes, os moradores, enfim, os munícipes, com mais e prolongadas obras no centro?     

            A reportagem da semana passada do Jornal Labor trazia vários testemunhos de comerciantes que reclamavam, sobretudo, a necessidade de tornar atractiva a área em que estão instalados. Embora nos depoimentos recolhidos tenham surgido exageros, nomeadamente na alusão a factos ocorridos há vinte anos. Ao fim de duas décadas, toda a dinâmica urbana, ligada à criação da zona pedonal, deveria estar perfeitamente estabilizada.

            Ao longo dos últimos anos, a estratégia da autarquia para a zona central passou pela instalação de equipamentos culturais, após a requalificação de edifícios municipais existentes. O problema é que apenas o primeiro edifício ficou funcional, embora com graves carências a nível de programação. Além disso, os espectáculos por serem nocturnos não podiam atrair os desejados clientes para os espaços dos comerciantes.

            Os sucessivos atrasos, indefinições e mudança de objectivo para a transformação do espaço do antigo Cinema Imperador não permitiram que a estratégia da autarquia fosse alguma vez concretizada.

            Como se vai alterar a futura designação (Casa das Artes e da Iniciativa) deste espaço municipal, seria bom atender às preocupações dos comerciantes e aproveitar esta futura remodelação, procurando ali instalar as tais lojas atractivas, de forma a tornar a zona central atraente não apenas em horas de espectáculos nocturnos mas, durante todo o dia.

 

(a publicar no dia 19/06/08)

quarta-feira, junho 11, 2008

Sina

 

            Em visita de estudo a Lisboa, enquanto esperávamos pelo autocarro, em frente ao Mosteiro de Jerónimos, uma cigana de idade avançada aproximou-se do nosso grupo de estudantes. Teríamos uns dezasseis, ou dezassete anos de idade.

            Pediu uma esmola e eu, engraçando com a figura, ripostei: só se me ler a sina. A mulher não tinha um olho e usava os trajes típicos destes nómadas: uma saia comprida, um lenço em volta da cabeça, com os brincos de argola, provavelmente teria um ou mais colares em volta do pescoço (sobre o resto do tronco não me recordo, nem tenho uma imagem pré-definida do que usa uma idosa cigana sobre o seu corpo).

            Aceitou o desafio. Mostrei-lhe as palmas nas mãos e instantaneamente começou logo a falar sobre os encantos do meu futuro. Entre felicidade e outros sinónimos, pareceu-lhe que via nas minhas mãos muitas mulheres e provando não ser analfabeta, leu um “F” bem desenhado na mão direita. Eu ouvi-a a falar com uma rapidez tremenda. Deu-me um nome feminino, que pela sua análise, seria determinante para o resto da minha vida: Fernanda, era o tal nome começado pela letra “F”.

            Isto foi tudo tão rápido, que nem dei conta que os meus colegas tinham-se encolhido, pelo receio pré-concebido relativamente à etnia. Pelo futuro, paguei o prometido – cem escudos (os actuais cinquenta cêntimos de Euro). Duas risadas e nas despedidas com a cigana, não foi preciso desejar boa sorte, pois a minha, traçada nas minhas mãos, tinha acabada de ser revelada.

            Naquela época eu tinha dificuldade em acreditar no futuro, por isso, durante anos, contei esta historieta com algum humor.

            É claro que não dei importância ao assunto.

            Das minhas relações pessoais e familiares, o nome Fernanda tinha caído em desuso. Os nomes têm épocas. Existem alguns eternos. Outros ficam em moda durante um período e depois tornam-se raros. Alguns são raros hoje e entretanto, com o tempo tornam-se comuns. Dessa data até hoje, com idade próxima da minha, conheci duas ou três Fernandas. Nenhuma mudou a minha vida. 

            A cigana viu um “F”. Podia ter-se enganado no nome. Por esta letra, temos outros nomes: Fábia, Fabiana, Fabíola, Fátima, Faustina, Fedra, Felicia, Felicidade, Felismina, Ferdinanda, Filipa, Filomena, Firmina, Flávia, Flôr, Flora, Florbela, Florência, Florinda, Francelina, Francisca e Frederica. Dada a raridade de alguns destes nomes, jamais me cruzei com pessoas assim chamadas. Dos mais comuns, apesar de com algumas ter criado relações de amizade, nenhuma preencheu o prognóstico da cigana.

            A vidente não acertou no nome, nem na quantidade anunciada. Até que muitos anos depois…

Saio de casa com as despedidas matinais a deixar-me um nó no peito. Até logo. Diariamente, só volto a encontrar a família, esposa e filhos, à noite, antes de jantar, ou à hora deste.

            No carro, mesmo em estado de cama – com os olhos mais fechados do que abertos –, a rotina da viagem matinal faz-se em piloto automático. Percorro o asfalto, pensando nos problemas pendentes, que tenho à minha espera.

            Coloco o pisca-pisca para virar à esquerda, faço o último corte de acesso à fábrica e enfrento o porteiro. Troco os bons dias. À segunda-feira demoro um pouco mais, para colocar em dia a conversa futebolística. Fico a saber resultados, erros de arbitragem, classificações de vários campeonatos.

            Fecho o carro. Dirijo-me à porta de entrada. Após a sua abertura, não há engano, o som do trabalhar das máquinas indica o tipo de ambiente que vou encarar. Subo as escadas. Nos três mil e seiscentos metros quadrados da instalação fabril, cento e trinta funcionárias, de bata azul clara, estão compenetradas no desempenho da sua função.

            Esta tem sido a minha vida. Dia após dia, em ambiente fabril. Como tenho feito carreira profissional em transformação têxtil, sob a minha responsabilidade existem sempre mais mulheres do que homens. Ao longo destes anos, em empresas diferentes, conheci várias centenas de funcionárias; não deve andar longe do milhar.

            Reconheço que a cigana afinal não se enganou. Só que eu, em adolescente, ao ouvir falar em muitas mulheres na minha vida, pensei tratar-se de outra linha…

 

                                                                                                                                            (a publicar dia 12/06/08)

quarta-feira, junho 04, 2008

Fim de Ciclo?

A ideia de se construir um Centro de Alto Rendimento Desportivo (CAR) em S. João da Madeira ainda não me entusiasmou.

O grau de exigência dos habitantes de uma cidade com qualidade de vida vai aumentando com o passar dos tempos e por isso, é perfeitamente natural a reacção de desconfiança, relativamente ao anúncio deste projecto.

Confesso, como antigo dirigente desportivo, que nutro bastante simpatia pelo conceito do desporto de alta competição. Desde o anúncio do CAR, analisei as várias opiniões emitidas, dos cépticos aos alinhados e não fiquei convencido com os argumentos apresentados. É certo que até ao próximo ano (esta fase de execução do plano de pormenor tem a duração de 12 meses), podem surgir uma série de factos ou factores, que me podem convencer da utilidade e importância para o concelho de tal empreendimento.

Vejamos então, quais as minhas dúvidas sobre a oportunidade deste projecto, que se resumem a três: urbanísticas, desportivas e investimento público.

A inauguração do Parque Urbano do Rio Ul trouxe um dado concreto por parte do projectista. Segundo o Arquitecto Sidónio Pardal, um Parque Urbano demora uns trinta anos a consolidar-se. Se olharmos para os últimos trinta anos, verificamos que a cidade ganhou três espaços verdes. Primeiro através da “doação” de terrenos e árvores, para o Parque Municipal Ferreira de Castro, há alguns anos o Jardim na Avenida da Liberdade e agora com este aproveitamento das margens do rio, em terrenos consagrados na reserva ecológica do concelho.

Para as gerações futuras, os terrenos municipais que restam são poucos. Ao longo das próximas três dezenas de anos, para se continuar a viver com qualidade de vida, é necessário proceder-se à abertura de novos espaços verdes, ou ampliação dos existentes. É certo que os terrenos agrícolas, no lado poente da cidade, poderão dar lugar a um novo parque urbano. Mesmo com esta reserva equilibrada, de longo prazo, parece-me que a natural procura por parte dos munícipes do novo parque do Rio vai obrigar a, no imediato, surgirem soluções de lazer, de forma a enraizar os hábitos urbanos da população. Neste sentido, salvaguardar-se, a médio prazo, os terrenos adjacentes a norte, para aí se estudar hipóteses de implantar novos conceitos de cidades criativas, do conhecimento e da cultura, seria o aconselhável.

Essencialmente, para que não fique apenas o conceito da modernidade, os vinte e quatro hectares consagrados para o CAR seriam suficientes para albergar um parque temático, direccionado para o conhecimento. Exemplos que me ocorrem de espaços semelhantes: Visionarium de Santa Maria da Feira, ou Fluviário de Mora.

Nos últimos anos, os investimentos municipais em equipamentos desportivos, além de proporcionarem melhores condições de treino e jogo aos atletas locais, visaram, sobretudo, a componente de manutenção desportiva, permitindo aos munícipes alugar espaços para a prática de exercício físico. Ao investir num equipamento que não servirá no imediato os habitantes da localidade é, digamos, trocar o bem-estar das pessoas por um cartão-de-visita do município.

Tenho muitas dúvidas, em matéria de ocupação pelas diversas federações desportivas, de quais realmente precisarão de um novo espaço. Existem várias modalidades que devido ao treino em condições específicas, como canoagem, remo, ou vela, estão a desenvolver, em locais apropriados, centros de alto rendimento em determinados pontos do país, com condições naturais para a prática desses desportos. Em Sangalhos vai nascer um CAR associado ao ciclismo, em Rio Maior um para a Natação, o do Jamor vai ser preparado para o atletismo, Mirandela tenta o de ténis de mesa.

O CAR das Travessas poderá estar ocupado, durante vários dias, pelas mais variadas federações e desta forma como se articulará a actividade das colectividades locais? Retirar essa hipótese aos munícipes, implica uma redefinição na política desportiva da cidade.

Em matéria de investimento municipal, as prioridades parecem-me ser outras. Em primeiro lugar, pela falta de capacidade do município. Em 2008 para terminar com os jeitos na rua dos mesmos e com o túnel da Rua 5 de Outubro, a autarquia teve que recorrer à banca. Nos próximos anos, deveria avançar para a transformação do cinema Imperador em Casa das Artes do Espectáculo, o que por si só implica um grande investimento. Caso não haja comparticipação imediata, terá que se recorrer a outro empréstimo.

Penso que tudo poderá ser amenizado, com a lógica das mais-valias para o município, associada aos vários planos de pormenores lançados recentemente. Onde actualmente existe um gaveto, uma empenha de um prédio, um terreno, idealiza-se a edificação, a construção, com toda a possibilidade de criar receitas para o município, através de taxas, impostos e quejandos.

Esta visão empresarial provavelmente é a mais correcta para o concelho mas, confesso que me assusta, pela ausência de políticas centradas nas pessoas, nas suas necessidades e nas suas susceptibilidades.

Na década de 90, do século passado, S. João da Madeira discutiu durante anos a possibilidade de abertura na cidade de um pólo universitário. Várias tentativas foram ensaiadas, desde instituições privadas, até a acordos com a Universidade de Aveiro. Nas eleições autárquicas de 2001, apareceu um candidato que rompeu com a ideia. Tratava-se precisamente do actual Presidente da Câmara Municipal, Castro Almeida.

Sete anos depois, a cidade está de novo focalizada num projecto externo e desenraizado. Corresponderá isso ao fim de um ciclo eleitoral?



(a publicar no dia 05/06/08)