Em Janeiro 2009, enalteci o esforço hercúleo do anterior presidente da Câmara Municipal de S. João da Madeira, em resolver os problemas de gestão, herdados do seu antecessor. Listei doze assuntos, que estavam já resolvidos, ou em vias de o ser nos anos seguintes.
Apenas um chegou a 2013 por resolver - precisamente o restauro do cinema Imperador.
A semana passada, com a inauguração da Casa da Criatividade, chegou ao fim este capítulo na história da cidade. Não vou tecer considerações alongadas sobre esse período, apenas recordando o lançamento de várias obras, sem garantia de financiamento, que se prolongariam por longos anos, até à sua conclusão.
O endividamento da autarquia local ficou resolvido, em parte, pela venda de terreno municipal para a instalação do centro comercial e não só. Ficou reconhecida a capacidade de gestão do anterior edil, assim como, a sua apetência pela candidatura a fundos comunitários. Desta forma, a cidade não ficou com grandes problemas estruturais por resolver, nem muito menos, com muitas obras pendentes.
Três grandes investimentos municipais terão que ser resolvidos.
O primeiro não é nenhum problema, já que tem data agendada para a inauguração - precisamente a reconversão funcional das antigas instalações da Oliva.
Um dos outros investimentos a concluir será a ampliação do Centro Empresarial e Tecnológico / Sanjotec.
Por fim, teremos a nova piscina, ainda sem financiamento garantido. No entanto, as condicionantes de atribuição dos fundos, com a mudança de tutela, podem ser mais favoráveis ao projeto local. A disponibilização de verbas “lá para finais de 2013” (uma expressão utilizada pelo anterior presidente da Câmara), poderá mesmo acontecer. A nomeação do Dr. Castro Almeida para a Secretaria de Estado com a responsabilidade pela atribuição dos fundos comunitários, permite equacionar um cenário favorável ao financiamento da nova piscina local. Sem maquiavelismo, prevejo a divulgação desse financiamento antes do dia 29 de Setembro deste ano, data agendada para as eleições autárquicas.
A hipótese de conclusão destes projetos municipais, num médio prazo, abre a possibilidade de lançamento de novas ideias sobre a cidade. As eleições serão importantes para sufragar as intenções de cada candidatura. Numa época de crise económica, apresentar investimentos municipais, capazes de dinamizar o contexto social, será a audácia política necessária e obviamente a premiada.
Por agora, tudo está focalizado nas listas de candidatos.
A 5 de Agosto termina o prazo para entrega das candidaturas. Não sendo todas conhecidas, o que não permite extrapolar conclusões, verifica-se nas já apresentadas dois tipos: de um lado a militância, do outro a sociedade civil, encabeçada por candidatos independentes. Outro dado curioso, dos candidatos conhecidos, um é empresário e os restantes são funcionários do Estado.
A interseção destas tipologias acarretou uma novidade política, expressa no apoio de alguns dinâmicos (e jovens) empregadores da cidade, completamente inseridos no tecido social da cidade, que não tiveram qualquer dúvida em alavancar uma das candidaturas.
Os dados estão praticamente todos lançados. Daqui a um mês e meio, todos os candidatos serão conhecidos.
No final de Setembro tudo estará terminado.
(a publicar no dia 20/06/13)