É a perspectiva de melhoria do concelho que me atrai. A crítica construtiva, com sugestões sobre os mais variados assuntos, tendo em conta que a intervenção é meramente debitada enquanto cidadão. O balanço desta actividade nunca é efectuado. Os assuntos vão-se sucedendo e várias vezes o tempo prova que a razão não é propriedade de ninguém. O importante é conseguir argumentos fortes, obrigando a que as decisões oficiais sejam baseadas em estudos concretos e que a demagogia eleitoral seja superada a bem do concelho e da sua população.
A falta de receitas da autarquia passou a preocupar o executivo municipal. A redução da despesa, a melhor e mais sensata opção, foi a decisão tomada e como medida simbólica meteu-se na gaveta uma promessa eleitoral de 2005, que aguardava financiamento comunitário.
Aliás, a despesa do Estado - assunto na ordem do dia pelo país inteiro - e a sua redução têm alterado os propósitos dos partidos. Neste sentido, a redução do número dos concelhos passou para a agenda das prioridades. A reforma administrativa voltou a ser tema de discussão. A ideia é proceder a uma reforma idêntica à da Grécia que reduziu para um terço o número de autarquias do país.
As mais variadas preocupações dos reformadores surgem pela imprensa: freguesias com menos de 500 eleitores e também concelhos com pouco mais de 2.000 eleitores são apontados como extinguíveis, ou passíveis de fusão. Nesta perspectiva, a hipótese de fusão de concelhos de grande dimensão populacional, como Porto com Matosinhos e Gaia e alguns da Grande Lisboa, não permite vida fácil a concelhos de freguesia única.
O próximo censos populacional será em 2011. Se houver tempo, será com base nesse estudo que será efectuada a reforma administrativa. É extremamente importante dimensionar o número da população flutuante da cidade e daí demonstrar-se que os limites humanos do concelho de S. João da Madeira, há vários anos, não coincidem com limites físicos.
(a publicar no dia 24/06/10)
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