quarta-feira, dezembro 23, 2015

Que a Força esteja convosco

 

                Pela proximidade da quadra festiva, nos últimos dias andei arredado da pré-campanha eleitoral. Não visitei páginas de facebook dos candidatos, não vi as fotografias do porta-a-porta, nem quem aparece a apoiar os candidatos. Não li promessas eleitorais e soube que tinha sido publicada uma entrevista de um dos candidatos mas, nem perdi o meu tempo. Poderia apelar a uma campanha diferenciadora, recolhendo as semelhanças encontradas nas várias organizações, só que decidi concentrar-me em outros assuntos e essa análise ficará para uma próxima oportunidade.

                O fim-de-semana passado foi rico em acontecimentos distintos. Aqui fica um resumo de alguns dos temas que despertaram o meu interesse:

1)      As eleições em Espanha colaram-me ao televisor no Domingo à noite. O sul da Europa contínua a repudiar as maiorias de direita. Ainda é cedo para tecer considerações, contudo, salta à vista que a bipolarização assente em duas ideologias terminou. Como em muitos países do norte da Europa, o espectro político alarga-se e os acordos parlamentares para formação de governo passam a ser comuns, formando-se coligações de programas diferentes, assumindo-se desta forma uma maioria relativa. A Espanha, pela sua importância económica, é fundamental para a reivindicação dos países do sul. Essencialmente para a Europa repensar-se, reestruturando dívidas, questionando, entre outros pontos, o facto de esses países terem uma moeda forte, com uma economia débil, o que lhes impossibilita de serem competitivos fora do espaço europeu.    

2)      A intervenção no banco Banif mostrou a agilidade do novo governo. Depois do BCP no primeiro governo de José Sócrates, do BPN no seu segundo governo, do BES no governo de Passos Coelho, temos um quarto banco a ser intervencionado pelo Estado em menos de seis anos. Ou em menos de um menos mês do novo governo. É certo que no primeiro caso, a intervenção foi camuflada. No mais recente, ficou evidente a debilidade da economia portuguesa: a banca ou está nacionalizada ou em mãos de estrangeiros. As dívidas ficam na mão dos contribuintes portugueses.

3)      O sétimo episódio da Guerra das Estrelas fez-me regressar a uma sessão de início da tarde de cinema. Sou seguidor da saga desde os anos oitenta. Os episódios 4, 5 e 6, os primeiros a serem publicados, vi-os vezes sem conta, em casa, através do sistema de leitor de vídeo. Confesso que a sequência relativa aos três primeiros episódios, tive alguma dificuldade em assimilar. Um deles nem vi. Por isso, fui assistir a este episódio com alguma reserva. Com o desenrolar da ação, voltei a viver o mesmo prazer que tinha sentido no episódio quatro. E ao identificar as imagens da sucata de todas as máquinas das várias Guerras, percebi que estava a ver um remake desse episódio, sem no entanto, estar assim classificado. Os princípios da saga estão consagrados ao longo de todo o filme: a dualidade do mal e do bem, o vencer aproveitando um facto inesperado, o sentir da Força e o descobrir de um novo Jedi.       

Mais haveria a mencionar, só que não é o momento certo.

Como a edição deste jornal é publicada, precisamente na véspera do dia de Natal, cumpro a tradição de desejar a todos os leitores Votos de Festas Felizes.